Antes de falarmos especificamente sobre o Transtorno de Ansiedade de Separação, vamos entender o que denominamos de Transtornos de Ansiedade.
Conforme o DSM-5, os Transtornos de Ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos, relacionados com perturbações comportamentais. Podemos dizer que medo é a resposta emocional a ameaça real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. Estes dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam, sendo o medo associado a períodos de excitabilidade autônoma aumentada, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, e a ansiedade associada à tensão muscular, vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos constantes de esquiva. Às vezes, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por comportamentos constantes de esquiva.
Os Transtornos de Ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. Assim, podem ser diferenciados por exame detalhado dos tipos de situações que são temidos ou evitados e pelo conteúdo dos pensamentos. Podem ser diagnosticados somente quando os sintomas não são consequências dos efeitos fisiológicos do uso de uma substância/ medicamento ou de outra condição médica.
Agora que temos uma noção sobre os Transtornos de Ansiedade podemos entender melhor um deles, o qual chamamos de Transtorno de Ansiedade de Separação e que tem como característica essencial o medo ou a ansiedade excessivos envolvendo a figura de casa ou de figuras de apego.
As pessoas com Transtorno de Ansiedade de Separação vivenciam sofrimento excessivo e recorrente diante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importante de apego, podendo também preocupar-se com o bem estar ou a morte de figuras de apego. Crianças com esse transtorno, podem não conseguir permanecer ou ir até um quarto/ escola sozinhas e podem exibir comportamento de agarrar-se, ficando perto ou “sendo a sombra” dos pais por toda a casa, por exemplo. Os adultos com esse transtorno podem, por exemplo, se sentir desconfortáveis quando viajam sozinhos e em geral, são excessivamente preocupados em relação aos seus filhos e cônjuges, vivenciando desconforto acentuado quando separados deles.
Um dos tratamentos indicados para este transtorno é Psicoterapia, que pode ser realizada através da abordagem Cognitiva Comportamental. A Terapia Cognitiva Comportamental caracteriza-se por ser breve e ter eficácia comprovada por estudos empíricos, e temos obtido sucesso no tratamento dos Transtornos de Ansiedade de Separação.
Consulte um psicólogo!
Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V
Renata Leão Moreira
Psicóloga Clínica
Terapia Cognitivo-Comportamental
(11) 98497-6453